Macacos bugios são reintroduzidos na Floresta da Tijuca
Aos 60 anos de sua transformação em uma Unidade de Conservação Permanente, completados nesta semana, a maior floresta urbana replantada do mundo, a Floresta da Tijuca, traz de volta uma espécie desaparecida há mais de 200 anos: os macacos bugios.Dois animais adultos, um macho e uma fêmea foram soltos em períodos diferentes. Se encontraram e procriaram. O casal Kala e Juvenal teve quatro filhotes. Em breve, mais animais serão liberados, segundo o biólogo Marcelo Reingantz.A iniciativa faz parte de um programa de reintrodução de bugios no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, o Refauna, que se iniciou em 2015. Uma parceria entre universidades do Rio de Janeiro e várias outras instituições como o ICMBio, o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, a Prefeitura do Rio e a Fiocruz.Os macacos bugios se alimentam somente de folhas e frutos. Andam em grupo e são conhecidos pelo “ronco”, que pode atingir longas distâncias. Por conta do desmatamento e da caça, estavam extintos no Rio. No entanto, pesquisadores verificaram uma interação deles com mais de 60 espécies vegetais, bem como de cerca de 20 espécies de besouros, importantes dispersores de sementes.