Com 30 anos, Mercosul tem desafio de implementar acordos comerciais
Há 30 anos nascia o Mercado Comum do Sul – Mercosul. Argentina, Paraguai e Uruguai assinavam então o tratado de Assunção para a formação de um bloco econômico.
Hoje, especialistas apontam que o bloco está perdendo força e é preciso vontade política para alavancá-lo.
Dados da Confederação Nacional da Indústria mostram que o Mercosul é o parceiro comercial do Brasil que gera mais produção nos setores de automóveis, caminhões e ônibus, cerca de 430 mil vagas de empregos e movimenta R$ 66 bilhões.
A CNI destaca ainda que as regras do bloco estimulam o turismo entre os países do bloco e facilita que brasileiros possam empreender nas nações vizinhas.
Na avaliação de Renata Alvares Gaspar, doutora em direito internacional pela Universidade de Salamanca, na Espanha, a entrada no Mercosul fez o Brasil se abrir.
Entre 2011 e 2020, o saldo comercial do Brasil com o Mercosul foi de cerca de US$ 55 bilhões.
Mas, a iniciativa ainda hoje encontra dificuldades. Em 2019, após 20 anos de negociações, foi assinado o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, mas que ainda não se concretizou. Em 2020, o Mercosul assinou um pacto de complementação econômica com o México, que também não avançou.
Na avaliação da CNI, o bloco trouxe muitos benefícios econômicos, mas é preciso avançar mais. Para Renata Alvares Gaspar, os desafios ainda são muitos.
Ao longo de 3 décadas houve avanços importantes. Como os acordos comerciais com os outros países da América do Sul, que formaram uma área de livre -comércio na região. O Estatuto da Cidadania,a circulação na fronteira e o passaporte comum são alguns desses avanços.