Após três altas, PIB tem ligeira queda no segundo trimestre de 2021
O Produto Interno Bruto teve variação negativa de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses. O resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres seguidos de crescimento da economia.
O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a 2,1 trilhões de reais. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE.
Com esse resultado, a economia brasileira avançou 6,4% entre janeiro e junho. O PIB continua no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré-pandemia, e ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.
De acordo com o IBGE, os principais responsáveis pelo desempenho da economia entre abril e junho foram os resultados negativos da agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%). Por outro lado, os serviços avançaram 0,7% no período.
No caso da atividade industrial, o maior peso resultou das quedas de 2,2% no setor de transformação e de 0,9% na atividade de eletricidade e gás e gestão de resíduos. Essas quedas quase anularam a alta de 5,3% da indústria extrativa e afetaram a produção automotiva, como explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A estabilidade do PIB no segundo trimestre também reflete o consumo das famílias, que teve variação ZERO no período, ainda impactado pelos efeitos da pandemia. A queda na massa salarial real, o aumento da inflação e dos juros têm impactado o consumo das famílias, observou a coordenadora do Instituto,
A balança comercial brasileira teve uma alta de 9,4% nas exportações de bens e serviços, a maior variação desde o primeiro trimestre de 2010. Na pauta de exportações, destaque para a safra de soja estimulada pelos preços favoráveis. Por outro lado, as importações caíram 0,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano.