Literatura de cordel ganha em Brasília um cantinho especial, na Casa do Cantador
Que Brasília é um caldeirão de culturas de todo o canto do país, todo mundo sabe! Mas se tem um tempero importante nesse caldo, é o povo do Nordeste e toda a sua riqueza cultural. Exemplo disso é a literatura de cordel, com seus versos rimados, impressos em folhetos e expostos em varais.
E no Distrito Federal, essa tradição ganhou um cantinho especial: a Cordelteca João Melchíades Ferreira, considerada um dos maiores centros literários exclusivos para a contação das histórias do homem do sertão. O acervo tem cerca de MIL E QUINHENTOS livros e livretos, tudo catalogado por um sistema de informática.
Subsecretário de Patrimônio Cultural da secretaria de Cultura do DF, Demétrio Carneiro, explica que a instalação é uma forma de manter a tradição e também incentivar novos cordelistas.
Demétrio conta que, durante este ano, estão previstas programações culturais a todo mês, incluindo atividades e oficinas.
O local, também, não poderia ser outro: fica na Casa do Cantador, em Ceilândia, considerada o reduto nordestino no quadradinho do Planalto Central. A casa do cantador, inclusive, é a única obra de Oscar Niemeyer fora do Plano Piloto. O nome da CORDELTECA é uma homenagem ao paraibano João Melchíades, um dos cordelistas mais populares do Brasil, que morreu em 1933.
Segundo a Secretaria de Cultura do DF, a criação do novo espaço é uma forma de valorizar a cultura nordestina e a comunidade local, que tem entre os fundadores, os famosos candangos que vieram do Nordeste para construir a capital do país.