Obras de Oscar Niemeyer são tombadas em definitivo pelo Iphan
Após 14 anos do início do processo, 27 obras do arquiteto Oscar Niemeyer no Distrito Federal, incluindo os edifícios do Distrito Federal, como o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, além dos palácios do Jaburu, Alvorada e da Justiça foram tombados em definitivo pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 2007, o próprio Niemeyer encaminhou às autoridades uma lista de obras que deveriam ser tombadas na capital do país. Na prática , quando é tombado o bem passa a ser protegido pelas autoridades, que ficam responsáveis pela manutenção, impedindo que os prédios e monumentos sejam destruídos ou descaracterizados.
Com o tombamento, as obras escolhidas ficam sob a vigilância do Iphan. Qualquer intervenção nessas obras e no seu entorno devem ser autorizadas pelo órgão.
O historiador e coordenador técnico do Iphan, Thiago Perpétuo, explica que o processo de tombamento, como o do conjunto de prédios em Brasília, é complexo e pode levar anos para ser concluído. Mas Thiago lembra que isso não significa que os monumentos estavam desprotegidos.
Um dos maiores arquitetos do país, e nome de destaque na moderna arquitetura brasileira, Oscar Niemeyer morreu em 2012. Ele foi responsável por mais de 200 obras no Brasil e no exterior.
O conjunto de edificações agora protegido está em quatro cidades: Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Brasília. Em São Paulo, por exemplo, está o conjunto projetado para o Parque do Ibirapuera, que inclui os palácios das Artes, das Nações, dos Estados, da Indústria e o da Agricultura, além da Grande Marquise.
Já no Rio de Janeiro, está a Passarela do Samba e a Casa das Canoas, projetada originalmente para ser a residência de Niemeyer. Em Brasília está a maior parte dos bens tombados, que inclui os blocos ministeriais, Teatro Nacional, Memorial JK e Memorial dos Povos Índígenas.