2 de 3 projetos do governo fruto de acordo com parlamentares têm votação adiada no Congresso
A reunião da Comissão Mista de Orçamento no Congresso foi suspensa sem analisar dois dos três projetos enviados pelo governo como parte de acordo com os parlamentares, na última semana, para manter vetos presidenciais sobre o orçamento impositivo.
Os textos regulamentam as emendas impositivas no orçamento e também dividem, entre Congresso e governo federal, os cerca de R$ 30 bilhões.
Parlamentares ligados a partidos contrários ao acordo, como Novo, Podemos e o PSL, tentaram obstruir a reunião. Já o presidente da Comissão culpou o baixo quórum pelo o adiamento.
“Eu achei uma temeridade colocar um PLN tão importante quanto esse para votar com um quórum baixíssimo. Teve uma hora que nós contamos dois senadores, quatro deputados. Não é possível”.
A votação, marcada para esta quarta-feira, deve novamente repercutir a fala do presidente Jair Bolsonaro. O presidente pediu para que o Congresso não votasse um dos projetos enviados pelo próprio governo, o que prevê os valores das emendas.
Como resposta, líderes partidários fizeram um abaixo assinado pedindo ao governo que solicite ao presidente do Congresso a retirada da matéria de pauta.
Entre os parlamentares que assinaram, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL, e até o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, do partido Rede.
Ainda nesta terça-feira, a Comissão de Orçamento também aprovou reajuste de 8% para policiais civis e militares e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. O projeto prevê pagamento retroativo a janeiro, mês em que o governo enviou a MP para conceder o reajuste.
O colegiado aprovou ainda o parecer sobre o crédito extraordinário de R$ 11 milhões em favor do Ministério da Defesa. Esses recursos foram usados na operação de repatriamento de 34 brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, isolados por conta do coronavírus.
