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Conselho Federal de Medicina libera mas não recomenda cloroquina para tratar a Covid-19

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“Não há evidências sólidas” de que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina “tenham efeito na prevenção e tratamento da Covid-19”, causada pelo novo coronavírus. É o que diz o novo parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicado nesta quinta-feira, que autoriza o uso da substância, mas não a recomenda.

Segundo o presidente do conselho, Mauro Ribeiro, o documento foi entregue ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Nelson Teich, e ambos receberam positivamente o estudo, que nega as evidências de eficácia.

No entanto, o parecer considera que diante da situação mundial de pandemia, é possível o uso desses medicamentos em três situações específicas, desde que em comum acordo entre médico e paciente ou familiares, além do dever de informar que não há estudos que atestem eficácia e que pode haver efeitos colaterais graves.

As situações em que os médicos podem usar a hidroxicloroquina em pacientes de Covid-19 são: casos graves com lesão pulmonar causada pelo coronavírus, em pacientes com sintomas leves, desde que descartadas outras viroses e com diagnóstico positivo para Covid-19, e pacientes com sintomas considerados “importantes”, mas sem necessidade de cuidados intensivos ou de internação.

Segundo Mauro Ribeiro, do CFM, existem mais de quinhentos estudos sobre o tema no mundo, e as orientações podem ser alteradas a qualquer momento. 

A Sociedade Brasileira de Infectologia, por meio de nota técnica, alertou que o elevado número de pessoas a serem testadas com a cloroquina poderia levar à falta do medicamento a quem já utiliza para tratar doenças como artrite e lúpus.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, também em nota, destacou que os medicamentos citados não podem ser prescritos de forma indiscriminada em casos leves da doença.

Segundo a Fiocruz, um estudo que avalia a eficácia de duas dosagens de cloroquina em pacientes com a Covid-19 está sendo realizado. Os resultados iniciais mostram que as doses altas do medicamento não são indicadas e, até o momento, não é possível afirmar que o uso da cloroquina “tenha eficácia no tratamento dos infectados com o novo coronavírus”.

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