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Em São Paulo, pacientes de outros estados buscam atendimento nos hospitais privados

Com o colapso na saúde em algumas regiões do país, a rede particular de São Paulo já começa a sentir a pressão de pacientes de outros estados.

A informação é do coordenador do Centro de Contigência para o Coronavírus, David Uip, que também integra o corpo médico do hospital Sírio Libanês.

Parte da demanda vem do Rio de Janeiro. O estado enfrenta um colapso na rede pública de saúde e também vê esgotar os leitos dos hospitais privados.

Para Uip, o cenário é ainda mais preocupante quando confrontado com o índice de isolamento social em São Paulo, que tem ficado abaixo do mínimo necessário de 50%. Nessa segunda-feira (4) o índice ficou em 48% na região metropolitana de São Paulo. Os 39 municípios, incluindo a capital paulista, que integram a região respondem por mais de 1 a cada 4 casos de Covid-19 no país.

Para David Uip se não aumentar a adesão à quarentena, em um mês toda a rede de saúde do estado vai enfrentar problemas e os municípios que fazem divisa com outros estados também vão sentir o impacto.

Nesta terça-feira (5), a cidade de São Paulo registrou vários pontos de aglomeração. Na região da 25 de março, o maior centro de comércio popular do país, uma galeria burlou a quarentena determinada pela prefeitura e abriu as portas e várias pessoas foram até o local fazer compras.

No começo da tarde, a aglomeração no local foi dispersada pela Guarda Civil Metropolitana. Desde que começou a quarentena a prefeitura de São Paulo já interditou 299 estabelecimentos comerciais que insistiram em permanecer de portas abertas.

O estado de São Paulo tem mais de 34 mil casos de coronavírus confirmados. Nas últimas 24 horas, foram mais 197 óbitos chegando a mais de 2,8 mil mortes desde o início da pandemia. Em todo o estado, são 8,8 mil pessoas internadas em utis e enfermarias por coronavírus, entre casos confirmados e suspeitos.

A ocupação dos leitos de UTI na região metropolitana de São Paulo está em 87%.

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