Entenda a briga campal dentro do Governo Lins
Editorial – Os apoiadores de Rogério Lins estão disputando cada naco de poder. Não é à toa que Lins sequer conseguiu montar um secretariado; percebe-se sua fragilização após a detenção e as longas férias na Flórida.
Rossi e Giglio são históricos desafetos, incluídos num governo que permitiu a cada um deles –de maneiras diferentes- voltarem ao poder. Além dos ex-prefeitos, a composição com partes do PT (nos bastidores se fala muito da participação de João Paulo Cunha como um dos mentores da articulação) e um arco de alianças com vereadores eleitos tornaram o Governo Lins refém e alvo de uma batalha campal.
Não bastasse ter perdido futuros secretários por conta de prisões, Osasco permanece à deriva sem conseguir estabilidade política. Nesse território infértil, nota-se a formatação de uma oposição cada vez mais ampla.
No último sábado, a Vereadora Dra. Régia Gouveia tomou uma duríssima posição contra o que ela classificou –em nota- como um panorama de disputas e indefinições. Ontem, o maior coletivo de juventude da cidade declarou oposição.
A cada dia mais pessoas se dão conta da inabilidade política e técnica do novo governo. A rejeição toma forma e percebe-se que uma grande faixa da população entenderá que o único caminho aceitável para um governo que começou tão mal é a oposição construtiva. Será isso ou uma cidade ineficiente, que entregou suas riquezas para administradores incapazes.
Em demonstração de desespero, o governo nomeou secretários adjuntos antes mesmo de definir quem assumiria a chefia da pasta. Ou seja, Lins está escolhendo fora da ordem de qualquer administração séria.
A insegurança em torno do novo governo é questão primordial para entender o preço que cada aliado impôs ao eleito. Para entender, basta lembrar sobre os processos contra o prefeito e contra sua chapa, aumentando o risco de um governo prematuramente alijado do poder.
A propaganda de Lins tenta, a todo custo, mostrar seus trabalhos limpando bueiros, visitando maternidades, caçando mosquitos da dengue. Mas, com franqueza, uma cidade sem governo –e sem primeiro escalão definido- é completamente débil.
Quando nomear seus secretários, Lins ainda enfrentará todo o tipo de disputas derivadas dos egos que ele mesmo atraiu em sua chamada renovação. A população de Osasco percebeu que de renovação não há nada.
Editorial PlanetaOsasco.com