Compras Comunitárias Coletivas. Uma tendência em tempo de crise. Famílias vão às compras coletivamente adquirir material escolar para seus filhos.
Todo mundo sabe que 2017 vai ser um ano duríssimo. Hoje, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou que em cada quatro empregos que deixarão de existir esse ano no mundo, um será no Brasil. Isso quer dizer que vamos superar a casa dos 13 milhões e meio de desempregados por aqui.
E, apesar do governo federal, que achava que tudo ia melhorar como que num passe de mágica, quando tirassem a Dilma do poder, ou de alguns governos municipais, que mesmo com problemas sérios, acham que um bom populismo resolve tudo, o povo continua tocando a vida e procurando saídas para uma crise, que parece não ter fim.
No Rio de Janeiro, muitas mães decidiram comprar material escolar coletivamente, para que as papelarias diminuíssem o preço. Outras, levaram sacolas de livros usados para servirem como parte do pagamento da nova lista de material escolar. Representando, às vezes, até 30% de desconto. Esse movimento só vale para livros didáticos. Lá, a loja depois vende os livros usados para outros clientes.
Em Osasco, algumas escolas particulares tem o hábito de organizarem bazares de troca de livros didáticos. O aluno que sai ou passa de ano deixa seus livros lá, que fica para o aluno que vai frequentar aquela determinada série. Isso ajuda na economia das famílias e na preservação do meio ambiente.
Como as nossas redes municipal e estadual e, principalmente a estadual, recebem livros didáticos gratuitamente, escolhidos no ano anterior pelos professores e distribuído ano seguinte pelo MEC, a maior parte da população só precisa comprar cadernos, lápis preto e coloridos, canetas, cadernos etc.
As Igrejas Católicas e as Feiras Comunitárias.
Nós, do site Planeta Osasco, estamos lançando essa ideia em Osasco. Para isso, as famílias precisam montar grupos de compras coletivas e pechinchar redução de preços nas tradicionais papelarias da cidade de Osasco. Era assim, nos anos 80, quando famílias de comunidades católicas faziam suas feiras livre através das compras comunitárias nas igrejas da região. Nas igrejas do Jardim das Flores e Vila Izabel, essas compras ainda existem.
Num tempo em que o país e a cidade vivem duas crises políticas intermináveis, a melhor forma de enfrentar a inflação dos preços no material escolar é criando grupos de famílias para compras coletivas.
Marco Aurélio Rodrigues Freitas é jornalista e professor das redes municipal de estadual de São Paulo. Escreve todas as semanas no site Planeta Osasco.