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Caso UPA Centro – Mulher morreu e moradores denunciam omissão de socorro

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ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA ORDEM…

Nós, do Coletivo Mídia Independente de Osasco, por respeito à opinião pública e à função jornalística, decidimos esperar informações mais detalhadas sobre a tragédia da moradora osasquense em frente à UPA Centro, para então publicar algo sobre.

Segundo informações repassadas por moradores da cidade, a moradora foi levada à UPA Centro por um motorista da viação Urubupungá. Conforme você vê no vídeo(circulando nas redes), através de uma voz ao fundo, ela não foi atendida e, simplesmente, funcionários da UPA mandaram chamar os bombeiros e ligar para o 190, segundo o narrador do vídeo. Enquanto isso, a moradora falecia dentro do ônibus.

Além disso, quando os bombeiros chegaram, teriam se indignado pelo fato de a moradora -já em óbito- estar há menos de 50 metros do corredor central da UPA, sem que tivesse sido levada para pronto atendimento.

A polícia civil lavrou boletim de ocorrência e apura omissão de socorro por parte da UPA Centro. Ninguém do Governo Rogério Lins, responsável pela fiscalização da UPA, se manifestou -à exceção de uma nota online sem assinatura formal.

Leitor, você pode ver três documentos ao final dessa matéria: um vídeo mostrando a moradora já falecida no ônibus (segundo relatos), outro vídeo de um médico pedindo soluções para a saúde de Osasco e uma nota oficial (provavelmente da UPA) lamentando a morte da moradora. Vendo as três, tomamos a liberdade de fazer algumas perguntas, diante das contradições entre elas. Como jornalistas, essa é nossa obrigação.

  1. Qual o nome da moradora?
  2. Quem é o motorista que agiu corretamente ao desviar sua rota e levá-la diretamente para o atendimento da UPA?
  3. Por que a imprensa só obteve retorno das polícias civil e dos bombeiros, e não das autoridades municipais?
  4. Por que a nota oficial só foi divulgada depois do sepultamento de moradora?
  5. Quais os nomes dos cinco médicos que atenderam a moradora e onde estavam no momento do vídeo?
  6. Onde foi atendida? Se foi atendida na UPA, como ficou dentro do ônibus como mostra o vídeo?
  7. Se o mal súbito da osasquense foi na região próxima à UPA, como foi atendida por cinco médicos sem registro no vídeo?
  8. Se encaminharam a senhora para o interior da UPA, por que no vídeo se fala em ligar para o 190?
  9. Se a moradora foi atendida pelos médicos, como se explica o vídeo da senhora morta no corredor do ônibus?
  10. Se vai haver a instauração de uma sindicância, qual o sentido da nota oficial? A administração Lins pode descartar omissão?
  11. Por fim, por que a imprensa local não divulgou um fato tão sério e grave para a cidade? Por qual razão tantas dificuldades para apurar o caso?

As reflexões e conclusões são suas, caro leitor e leitora…

Imagens postadas em redes sociais

Nota oficial:

Com relação ao óbito da senhora, de 70 anos, que viajava de ônibus quando foi acometida por um mal súbito na região próxima à  Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, no município de Osasco, ocorrido na quinta-feira, 7/12, o ISSRV, gestor da unidade, lamenta profundamente o acontecido e informa que a paciente foi prontamente atendida na UPA, tendo recebido a atenção de cinco médicos e realizados todos os procedimentos clínicos necessários.
O socorro, feito pelo corpo de bombeiros, que a encaminhou à UPA Centro, foi realizado pela corporação como é regulamentar em casos em que um mal súbito ocorre dentro de veículo, em trânsito, devido aos procedimentos protocolares que precisam ser seguidos.
No entanto, o Instituto em conjunto com a secretaria de Saúde de Osasco irá instaurar uma sindicância para apurar o fato ocorrido.

 

CMI –     COLETIVO MIDIA INDEPENDENTE

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