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DOMINGO É DIA DOS PAIS

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Opinião:  professor MARCO AURÉLIO

 

Domingo é dia dos pais. Ser pai é ir além de tudo o que é real, é caminhar por tempestades e sair ileso. É encontrar e colocar o amor como meta de vida.  Leitor, fui pai por quase quatorze anos, entre 1997 e 2011. A vida une as pessoas certas no momento certo. Acredito.

Acabo de ler no Estadão a matéria sobre o novo disco de Gilberto Gil, Ok Ok Ok, produzido após o sucesso do tratamento renal que se submeteu e se curou. Aos 76 anos, Gil fala da afetividade e das novas músicas, algumas já na internet. Gil compõe para filhos, netos e bisnetos. São músicas fortes e que tocam nosso coração. No novo álbum Gil escreve:

“Já sei que querem a minha opinião… Ok, Ok, Ok, Ok, Ok, Ok. Seu que não dei nenhuma opinião. É o que eu pensei, pensei, pensei, pensei. Palavras dizem sim, os fatos dizem não…”

Leitor, sonhava em ser pai muitas vezes, quem sabe quase uma dezena de vezes, mas Deus não me apresentou essa oportunidade. Fazer o que… Nos anos em que fui pai, parti para a presença continua e permanente, tipo aquele amigo que fica ao nosso lado sempre, nos momentos mais necessários e mais desnecessários também. Mas procurava compartilhar, ouvir e opinar quando era solicitado. Quando ia buscar minha filha no Objetivo de Osasco, e ela tinha sabido de a nota de uma prova qualquer, me contava no carro, quando a nora não era boa. Se a nota era boa, me ligava do orelhão em qualquer horário da manhã (normalmente no recreio) para me contar o bom resultado. Mas quando a nota não era boa, eu dava um conselho sobre a recuperação no carro, propondo que ela pensasse sobre a proposta, sem pressa.  No dia seguinte, ela repetia a minha ideia e admitia concordar com ela e a seguia, até dar tudo certo.

Vi na Globo, no programa de sábado Como Será, matérias sobre o dia dos pais. Numa, um pai adota dois filhos, uma menina e um menino. Noutra, um padrasto leva sua enteada ao altar junto com o pai biológico. E outra, de um casal homoafetivo, que deu a volta ao mundo, em busca de uma barriga de aluguel. São três histórias belíssimas, cheias de sentimento e afetividade.

Sempre adorei o dia dos pais. Primeiro pelo meu pai, meu melhor amigo, um cara singular, sério, responsável, amigo de todos: filhos, netos, netas e genros. Segundo, pela minha filha, que depois de entrar na escola, sempre me trazia alguma surpresa boa. Uma foto, uma camiseta, uma lembrança feita na escola. Seu último presente guardo até hoje, entre muitos guardados, um chaveiro comprado na praia. Ah, sonhei muito com ela essa noite.

Marco Aurélio Rodrigues Freitas é Jornalista, Biomédico, Historiador e Professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Escreve suas crônicas todas as semanas no Planeta Osasco.

 

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Marco Aurélio Rodrigues Freitas, Jornalista, Biomédico, Historiador e Professor das redes municipal e estadual de São Paulo. Crônicas no Planeta Osasco.

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