A opressão contra mulheres que não se enquadram. Essa é a primeira parte da música Bruxxxa, da artista osasquense Naísa Zaiiah. O hardtrap teve seu videoclipe lançado neste domingo, 10 de novembro, e está disponível no YouTube (duração: 5:29). Apenas usuários logados no YouTube poderão ver o vídeo, de acordo com a classificação indicativa (+16 anos).
O vídeo tem uma produção audiovisual tão forte quanto a música. No começo, o apoio de outras “bruxas”, depois uma pequena sequência em branco e preto e, então, enfrentamento e sangue (cênico). Vale a pena prestar atenção na mudança de cores, nos movimentos e, claro, na letra (basta ativar as legendas em português).
Difícil relatar mais sem dar spoiler. A música e o clipe contam com a participação de 17 pessoas, entre artistas e ativistas da cidade, como Carol Seixas e Deise Dai.
Mas a música também traz uma coincidência macabra: no mesmo dia do lançamento do videoclipe, a cantora Santrosa, transexual que vivia em Mato Grosso, foi brutalmente assassinada. Foi amarrada e decapitada. Mais uma vítima da inquisição de hoje. Naísa Zaiiah nos envergonha com essa realidade tenebrosa: você não precisa acreditar em bruxas, mas elas existem – nos obituários e necrotérios.