Paciente com sintoma em cidade que registra caso de coronavírus entrará na lista de suspeitos
A partir dessa segunda-feira (9), todo paciente, em cidades que já têm casos confirmados de coronavírus, que apresentar grave sintoma de gripe, febre e mais algum sintoma respiratório, e que der negativo para outros vírus, vai entrar na lista de suspeito e realizar teste para detectar se tem a doença.
Até agora, eram considerados suspeitos os casos de pessoas que tinham esses sintomas mais histórico de viagem para algum dos países em monitoramento, como explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.
“Municípios com caso confirmado que tenha unidade sentinela de síndrome gripal cujos resultados são negativos para os vírus respiratórios comuns, nós vamos testar para o coronavírus, independente do histórico de viagem. Essa é a mudança”.
O Brasil mantém 25 casos confirmados de coronavírus. Quatro desses pacientes estão internados em hospitais.
Depois do balanço do Ministério da Saúde, na tarde desta segunda-feira, a secretaria local do Rio de Janeiro divulgou a confirmação de mais cinco casos. Em todo o Brasil, 930 casos suspeitos estão em investigação e 685 foram descartados.
As pessoas com infecção confirmada por coronavírus estão em Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e uma paciente no Distrito Federal. São Paulo é o estado com maior número de casos, 16. São Paulo e Bahia apresentam casos de transmissão local.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, informou que o governo federal vai oferecer recursos para as prefeituras que queiram ampliar o horário de atendimento nos postos de saúde, de 8 para 12 horas, e que vai lançar um edital para contratação de 5 mil profissionais de saúde nos municípios brasileiros . O secretário disse ainda que o SUS não vai receber paciente com coronavírus da rede particular.
“É inadmissível, nós não aceitamos e não vamos concordar que isso possa ser feito. O hospital privado que atender o paciente está preparado para atender um paciente grave em UTI. Não tem porque ele não atender paciente que precisa de atendimento intensivo só porque ele tem coronavírus. Não vamos permitir que isso continue ocorrendo, dos hospitais privados fazerem o primeiro atendimento e transferirem para a unidade pública. Não vamos aceitar”.
Em todo o mundo, 105 mil casos foram confirmados em 101 países. Mais de 3,5 mil mortes por coronavírus foram registradas. Para se ter uma ideia da velocidade de transmissão do coronavírus, houve um aumento de 1,6 mil casos em 10 dias na Ásia.
