Programa Caça Asteroides abre oportunidades para crianças e adultos
Edvaldo Felisberto é famoso em Paraisópolis, favela na Zona Sul da capital paulista, pelas manobras no skate. Mas o jovem, falante, de sorriso fácil, cabeleira blackpower e que não consegue ficar quieto, não se contenta com esportes radicais. Ele também desenvolve aplicativos, organiza oficinas de esporte e artes para crianças e adolescentes e gosta de olhar para o céu.
O fascínio pelos corpos celestes levou Ed Oficineiro, como é conhecido, a fazer um curso de introdução a astronomia na Escola Municipal de Astrofísica, no Planetário do Parque Ibirapuera. O curso durou 6seis meses e serviu de base para Ed promover uma busca a asteroides entre crianças da comunidade.
Na verdade, o programa Caça Asteroides, do Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com a Nasa, a Agência Espacial Americana, oferece um pacote de imagens dos mais potentes telescópios do mundo para que grupos de voluntários procurem asteroides nessas imagens.
Encontrando ou não novos corpos celestes, todos os participantes recebem um certificado internacional e podem, no futuro, ajudar a batizar o asteróide..
Em Paraisópolis, Ed fez uma parceria com as escolas públicas da região. Ele já sabe que no pacote de imagens que vão ter que trabalhar tem três asteróides. Mas até agora nenhuma das equipes conseguiu identificar os tais asteróides nas imagens em preto e branco e sem som que foram disponibilizadas.
Para quem quiser participar da caça aos asteroides, as inscrições estão abertas até 28 de julho. Podem se cadastrar grupos de até cinco integrantes, em que um deles precisa ter mais de 18 anos. Não é preciso ter conhecimento prévio, já que todos passam por um treinamento.