Estados aplicam restrições mais severas para conter covid-19
Alguns estados brasileiros iniciaram esta quarta-feira (17) com restrições mais severas para conter a circulação do vírus covid-19 . O motivo é o aumento de mortes em decorrência da pandemia e a falta de leitos nos hospitais. Goiás, por exemplo, vai paralisar por 14 dias grande parte das suas atividades econômicas por meio de um revezamento. Serão 14 dias de suspensão de atividades, seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente.
Entre os serviços essenciais autorizados a funcionar, estão: farmácias, estabelecimentos de saúde; cemitérios; distribuidores de gás e postos de combustíveis; supermercados, não incluindo lojas de conveniência e bancos. No transporte coletivo, trabalhadores em atividades consideradas essenciais terão prioridade para o embarque nos horários de pico, e devem apresentar o crachá ou outro documento que comprove o serviço.
Até 31 de março, o Espírito Santo também vai ficar sob forte restrição e só devem funcionar atividades essenciais. Outros estabelecimentos deverão ficar fechados e até atendimentos ao público externo no interior ou na porta, mesmo com horário marcado, estão proibidos.
Em Alagoas, ficou estabelecido o bandeiramento vermelho, começando na próxima sexta-feira (19) e também deve durar 14 dias. Além de reduzir a capacidade de público e o horário de funcionamento de atividades não essenciais, haverá toque de recolher entre nove da noite e seis da manhã. Quem descumprir poderá ser multado.
Nesta quinta-feira, Pernambuco iniciará quarentena com proibição de abertura de shoppings, academias, salões de beleza e comércio varejista. O funcionamento de bares e restaurantes está autorizado apenas para serviço de entrega de comida. O governador Paulo Câmara, ao anunciar as novas regras, destacou que não há mais alternativas para o atual momento.
As restrições mais rigorosas adotadas pelos estados estão entre as medidas mais indicadas por pesquisadores da Fiocruz. Nesta terça-feira, a Fundação apresentou análise que aponta o atual momento como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil. Ao todo, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde SUS iguais ou superiores a 80%.
