Fiocruz alerta sobre a flexibilização de medidas preventivas
A nova edição do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz, sinaliza que, em nível nacional, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave mantêm o cenário de interrupção de queda e de possível retomada de crescimento. A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe até 16 de agosto.
O estudo aponta que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo para esses casos: São elas: Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
O estado do Rio de Janeiro apresenta sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e estabilidade na de curto prazo para a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. A capital fluminense é o epicentro da variante Delta do novo coronavírus no Brasil.
A Fiocruz alerta que, diante desse cenário, diante desse cenário, é importante manter cautela em relação a flexibilização de medidas preventivas contra a covid-19.
Ainda nesta quarta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz divulgou informações sobre a disponibilização de vacinas e a chamada intercambialidade, que é aplicação de duas doses com imunizantes diferentes.
Segundo a Fiocruz, até o último dia 13, foram entregues 84,5 milhões de doses ao PNI, o Programa Nacional de Imunizações.
A Fiocruz informou que vai receber três novos lotes de IFA, o Ingrediente Farmacêutico Ativo, em agosto, e vai enviar três lotes mensais do insumo de setembro a novembro.
Sobre a intercambialidade de vacinas, a instituição alerta que não existem dados sobre a duração da imunidade com o uso de duas vacinas diferentes.
No caso da vacina AstraZeneca, a fundação afirma que estudos têm apontado para uma alta efetividade do imunizante, assim como para uma persistência maior na resposta imune das pessoas vacinadas com duas doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca, em relação ao relatado nos estudos com outros imunizantes.
A Fundação mencionou ainda um estudo conduzido pela Universidade de Oxford que aponta não haver prejuízo em ampliar o intervalo entre a primeira e a segunda dose. De acordo com a pesquisa, a primeira dose pode sustentar uma eficácia de 80% por até 10 meses até a segunda dose.