Os preços da indústria apresentaram a segunda maior inflação da série histórica no mês de março com alta de 4,78%. A taxa só é menor do que a medida em fevereiro, que ficou em 5,16% após revisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) produzido pelo instituto acumula avanços recordes de 14,09% no primeiro trimestre do ano e de 33,52% nos últimos 12 meses. Esse é o 20º aumento consecutivo do IPP, que mede a variação dos preços na porta da fábrica, sem a adição dos impostos e frete.
O IBGE mapeia 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Dessas, 23 apresentaram variação positiva em março. De acordo com o gerente do instituto, Alexandre Brandão, um dos fatores que contribuíram para a elevação de preços no mês de março foi o aumento da demanda internacional, especialmente da China, o que impacta o preço das commodities, sobretudo as agrícolas. Além disso, há o fator cambial.
O setor que mais contribuiu para o resultado do mês foi justamente o das atividades de refino de petróleo e produtos de álcool, que tiveram alta de 16,77% e responderam por 1,53 ponto percentual da variação total. Os itens incluídos na categoria Outros Produtos Químicos vêm em seguida, com aumento de 8,79% e participação de 0,74 ponto.
O gerente do IBGE destaca ainda que em março o setor mais pesado da economia, que é o dos alimentos, voltou a ter impacto. Nos últimos 12 meses, a inflação desses itens já soma 33,57%, exercendo a maior influência sobre a taxa de acúmulo geral.
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