Governador de SP diz que recebeu menos doses da Pfizer, Saúde nega
O governador de São Paulo, João Dória, disse nesta quarta-feira que estado recebeu 228 mil doses da vacina da Pfizer a menos que o previsto. A remessa foi entregue na terça-feira. De acordo com o governo paulista, o corte representaria metade do previsto para o estado pelo PNI, o Programa Nacional de Imunizações.
São Paulo, que recebe em média, 22% do volume dos imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde, alega que o percentual é proporcional à população.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, diz que a medida pode atrasar a vacinação dos adolescentes.
Pela programação do governo de São Paulo, a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos com comorbidades e gestantes está prevista para começar no dia 18 de agosto.
Em coletiva de imprensa nessa quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que não existe um percentual fixo de doses a serem enviadas para cada unidade federativa, e que o cálculo é feito segundo a faixa etária da população do estado.
A secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite de Melo, explicou que a redução no envio de doses para São Paulo é feita para compensar doses a mais da vacina Coronavac, que são retiradas diretamente do Instituto Butantan.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, que também participou da coletiva, disse que a dinâmica de distribuição das doses foi definida com as secretarias estaduais e municipais de saúde por meio das suas entidades, o Conass e o Conasems, e que não há disparidade, como alega o governo paulista.
Em nota, o governo de São Paulo negou ter ficado com mais doses da Coronavac e reafirmou que, pelo critério da distribuição equitativa, recebeu 228 mil doses a menos da vacina da Pfizer.
Em relação a estados que já começaram a vacinar adolescentes, como o Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde disse que eles foram orientados a interromper a imunização até que toda a população adulta do país esteja vacinada.