Sede da cinemateca pode abrigar acervo que sobreviveu ao incêndio
A Defesa Civil da cidade de São Paulo fez uma vistoria técnica no prédio da Cinemateca, na Vila Mariana, e concluiu que o imóvel, que hoje funciona como sede da instituição, tem condições de abrigar o que restou do acervo da instituição depois do incêndio no galpão da Vila Leopoldina, no dia 29 de julho.
Em nota, a defesa civil informa que não foi identificado qualquer comprometimento na estrutura do prédio, que o local conta com bombeiros civis preparados para atuar em eventualidades e equipamentos de proteção contra incêndio.
A vistoria que aconteceu nessa terça-feira foi acompanhada pela Secretaria Especial da Cultura e por engenheiros da Prefeitura de São Paulo.Ainda não existem dados oficiais sobre as perdas provocadas pelo incêndio. Segundo a ABPA, a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, a estimativa é que tenham sido destruídas 4 toneladas de documentos históricos de órgãos extintos do cinema, como o Instituto Nacional do Cinema, o Concine e a Embrafilme, equipamentos cinematográficos e rolos de filmes e cinejornais.
Há pouco mais de um ano, o Governo Federal encerrou o contrato com a organização social que estava responsável pela cinemateca, a ACERP, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, e ainda não foi definida uma nova gestão para a instituição responsável pela memória do audiovisual brasileiro.
No último dia 30, foi lançado um chamamento público para a contratação de uma nova Organização Social, mas o edital vem sendo questionado por entidades que atuam no setor.