A Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, entregou mais de 3,9 milhões doses da vacina Astrazeneca ao Programa Nacional de Imunizações.
Do total, 308 mil doses foram direto para o Rio de Janeiro. O restante seguiu para o Ministério da Saúde para ser distribuído para os outros estados.
Com isso, a Fiocruz já entregou 88,4 milhões doses, incluindo 4 milhões importadas prontas do Instituto Serum, da Índia.
O imunizante responde pela maioria das vacinas contra covid-19 aplicadas no país até agora: 46,2%. Quase 77 milhões de vacinas. Desse total, cerca de 20 milhões foram para pessoas que completaram o esquema vacinal e receberam a segunda dose da Astrazeneca.
Ou seja, cerca de 57 milhões de pessoas ainda precisam da segunda dose do imunizante.
A diferença tem despertado dúvidas se a Fiocruz vai conseguir atender todas as pessoas que precisam da segunda dose da Astrazeneca.
Nessa semana, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro autorizou o uso da vacina da Pfizer contra covid-19 como segunda dose para a Oxford/Astrazeneca, no caso de faltar doses do imunizante.
Em nota, a Fiocruz confirmou que vai entregar todas as doses necessárias, mas não descartou a possibilidade de atraso no cronograma de vacinação. Pela programação do laboratório, vão ser entregues, em média, 18 milhões de doses da vacina por mês entre setembro e novembro.
Na nota, a Fundação não recomenda o uso do chamado sistema heterólogo de vacinação, ou seja, o uso de duas vacinas diferentes, por não haver estudos conclusivos sobre a resposta imune nessa situação.
A nota também afirma que não há prejuízo em ampliar o intervalo entre a primeira e a segunda dose da Astrazeneca caso isso seja necessário.
