Saúde decide aplicar reforço da vacina contra covid-19 em setembro
A aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 deve começar no Brasil a partir de 15 de setembro. O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira, que a dose extra vai ser destinada às pessoas acima de 70 anos e que estão há seis meses imunizadas, e as com baixa imunidade, chamadas de imunossuprimidas, que tenham sido vacinadas há, pelo menos, 28 dias com a segunda dose ou dose única.
Essa dose de reforço deve ser feita, preferencialmente, com a Pfizer. Segundo o Ministério da Saúde, a escolha desse imunizante é porque ele está mais disponível neste momento. Além disso, será reduzido o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca de 12 para oito semanas, também a partir de setembro.
De acordo com o ministro da pasta, Marcelo Queiroga, a presença da variante Delta no país justifica essas medidas.
A dose de reforço e a redução do intervalo entre as aplicações foram decisões pactuadas entre o Ministério da Saúde e os conselhos estaduais e municipais de secretários de saúde. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Flávia Bravo, afirma que já há evidências que demonstram que os idosos e pessoas com deficiência imunológica têm uma menor resposta imune à vacina.
Flávia Bravo também concordou com a decisão de reduzir o intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, apesar do sistema imunológico responder melhor com um intervalo maior entre as aplicações.
No estado de São Paulo, a dose de reforço já vai ser aplicada a partir de 6 de setembro para pessoas acima de 60 anos.