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Ministério Público do RJ contesta declaração de porteiro no caso Marielle Franco

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O porteiro que cita Jair Bolsonaro em seu depoimento sobre o caso Marielle Franco mentiu.  A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, pela promotora Simone Sibilio, do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo reportagem veiculada no Jornal Nacional dessa terça-feira, a Polícia Civil teve acesso ao caderno de visitas do condomínio onde o presidente tem uma casa.
 
De acordo com a reportagem, o porteiro disse que, no dia da morte de Marielle, um dos suspeitos de envolvimento no crime teria anunciado na portaria que iria visitar Bolsonaro. O porteiro afirmou ter interfonado para a casa do então deputado federal e que Bolsonaro havia autorizado a entrada do visitante.
A promotora do caso contesta essa versão, após confrontar as provas de voz obtidas nos autos do processo. Segundo ela, quem autorizou a entrada no condomínio do ex-policial militar Élcio de Queiroz, um dos suspeitos do assassinato da vereadora, foi Ronnie Lessa, sargento aposentado da Polícia Militar suspeito de ser o executor da ação, que mora no local.
“Por volta das 17h07, Élcio de Queiroz entra no condomínio de Ronnie Lessa e pede autorização para entrar. A pessoa que está na cabine liga para a casa 65 – e isso está comprovado pelas gravações – e a pessoa que atende na casa 65 é Ronnie Lessa. Com base nessa pessoa que atende, nós precisávamos comprovar: quem atende, essa voz é de quem? O Ministério Público, com base na voz do Ronnie Lessa, obtida no seu interrogatório no dia 4/10, fez um confronto vocálico entre a voz de Ronnie e a voz da pessoa que atende à ligação da cabine – e o confronto deu positivo. Portanto, há prova pericial comprovando que quem atende e quem autoriza a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio é Ronnie Lessa”.
Logo após a repercussão do fato, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente comenta que os registros no painel de votação da Câmara confirmam que ele estava em Brasília no dia citado pelo porteiro em depoimento. Bolsonaro está em viagem ao Oriente Médio e à Ásia e retorna para Brasília ainda esta semana.
A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em 14 de março do ano passado. Os disparos foram efetuados de um carro contra o veículo em que os dois se encontravam, em meio ao trânsito, na região central do Rio de Janeiro.

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