Fundo Soberano da Noruega retira Petrobras de empresas sob observação
O Banco Norueguês informou hoje (3) que retirou a Petrobras da lista de empresas sob observação. A companhia foi incluída na lista em janeiro de 2016, após os casos de corrupção revelados durante as investigações da Operação Lava Jato. O banco seguiu recomendação do Conselho de Ética do Fundo Soberano da Noruega que reconheceu as medidas implementadas pela Petrobras no combate à corrupção. Com a saída da lista, a Petrobras volta a ser elegível para receber investimentos do fundo norueguês.
Na recomendação ao banco, o Conselho de Ética destaca a disposição da Petrobras em colaborar com as investigações e com a solução dos casos. “Na opinião do conselho, as medidas que a Petrobras implementou nos últimos anos demonstram disposição e capacidade consideráveis para prevenir, descobrir e lidar com a corrupção”, informou a entidade, em documento. O conselho observa ainda que o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal brasileiros definiram oficialmente a Petrobras como vítima no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com o diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Marcelo Zenkner, trata-se de um reconhecimento ao trabalho árduo, técnico e comprometido que vem sendo realizado pela empresa nos últimos anos. “Nosso sistema de controle interno, que já é muito mais robusto, está evoluindo para se tornar uma referência no cenário nacional e internacional. As medidas implementadas estão transformando o ambiente interno e já se refletem externamente, comprovando que a Lava Jato é uma página virada na história da Petrobras”, avaliou.
Desde 2014, a Petrobras implementou diversas medidas de conformidade, como a criação de um Canal de Denúncias independente e a realização de Due Diligence de Integridade, processo que avalia os mecanismos de combate à fraude e à corrupção das empresas com as quais a Petrobras faz negócios. A companhia também passou a aplicar o Background Check de Integridade (BCI), que trata da checagem de integridade de todos os administradores, gestores e empregados que atuam em processos críticos.
Criado após as descobertas de petróleo no mar do norte, o Fundo Soberano da Noruega é uma espécie de poupança do país nórdico, sustentado por recursos provenientes da indústria de petróleo. O fundo investe atualmente em cerca de 9 mil empresas em 70 países e, além da rentabilidade, considera questões de integridade, ambientais e sociais nas suas decisões de investimento.
Edição: Lílian Beraldo