Capital e Duque de Caxias têm maiores registros de sarampo no RJ
Duque de Caxias e a capital fluminense são os municípios com maior número de casos notificados de Sarampo neste ano no estado do Rio. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foram notificados até o momento, no total, 193 casos. O número é quase dez vezes maior do que o registrado no ano passado, quando em todo o estado do Rio houve 20 casos confirmados.
Duque de Caxias concentra 56 pacientes que contraíram a doença, e o Rio, 53. Outros municípios da Baixada Fluminense estão entre os de maior incidência: São João de Meriti, com 19 casos, Belford Roxo, com 17, e Nova Iguaçu com 10. Fora da Baixada, Paraty e Magé, registram 12 notificações da doença. Outros municípios têm entre 1 e 4 casos.
A Secretaria Estadual de Saúde afirma que emitiu alertas de atenção para novas notificações e investigações em tempo ágil nesses municípios, além de estar em contato direto com as secretaria de Saúde municipais. O médico da pasta, Alexandre Chieppe, explica que a atuação foi intensificada nos municípios com maior número de casos e que a orientação continua sendo o reforço da vacinação.
“A única saída para reverter esse quadro é através da vacinação. É importante lembrar que a segunda dose contra o sarampo foi iniciada somente em 2004. Então a gente tem uma parcela importante da população que não tem as duas doses completas. A gente tem vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, em todos os postos. Não há porquê não se vacinar, uma vez que a vacina está disponível”, afirma Chieppe.
O médico ressalta que mesmo aquelas pessoas que não sabem se estão com o esquema vacinal completo devem ir até os postos de saúde. Segundo ele, a tendência é a diminuição dos casos no verão, mas o sinal de alerta se acende já para o ano que vem.
Esta segunda etapa da campanha de vacinação contra o sarampo é voltada para pessoas de 20 a 29 anos, mas a população de seis meses até 49 anos de idade precisa ter as duas doses da vacina. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não houve nenhuma morte em decorrência do sarampo neste ano no estado do Rio, mas a doença pode evoluir para casos graves de pneumonia e outros tipos de infecções, que podem, sim, resultar em óbito.