Governo monitora 150 pessoas que tiveram contato com vítima fatal de febre hemorrágica
O Ministério de Saúde está monitorando cerca de 150 pessoas que tiveram contato com o paciente que morreu vítima de febre hemorrágica após contrair o arenavírus.
O vírus, que não é considerado novo no país, é similar ao chamado Sabiá vírus, que matou quatro pessoas no Brasil nos anos 90.
O secretário de Vigilância Sanitária, Júlio Corda, não soube dar detalhes do porque o vírus voltou, mas garantiu que os casos de contágio direto ocorreram por meio de roedores selvagens em ambientes rurais.
Ele também afirmou que, por enquanto, não há alerta para a população quanto a precauções contra o vírus. Segundo Júlio Corda, quem corre os maiores riscos são os profissionais de saúde, especialmente os que tiveram contato com o paciente que morreu.
“Alertar os profissionais de saúde que tiveram um contato mais íntimo com essa secreção, e que a gente monitore, junto com a secretaria estadual de saúde, esses contatos. A gente entende que é um evento raro, pontual, mas que a nossa intervenção é importante, principalmente nesses contatos em profissionais de saúde”.
O contágio de humano para humano é por meio de secreção, sangue, urina e saliva.
O secretário também destacou que não existe relação da febre hemorrágica com os casos do novo vírus da China, que é o coronavírus.
O paciente que morreu é um adulto de Sorocaba, no interior de São Paulo. A pasta não revelou a idade, sexo e nem a profissão da vítima para resguardar o sigilo. Ele faleceu após 12 dias da internação.
Os sintomas da doença se assemelham aos da febre amarela: febre, dor de garganta, tontura e dores musculares.
O Ministério da Saúde também informou que planeja ir aos lugares onde essa vítima passou e identificar se há relatos de roedores silvestres nesses locais.
Originalmente, o arenavírus pode ser encontrado em roedores silvestres, e sua transmissão a seres humanos se dá por contato com saliva, urina ou as fezes desses animais.