Saiba como se prevenir e quando uma gripe pode ser, de fato, coronavírus
Cuidados com a saúde, higiene e até vacinas contra outras doenças podem ajudar no combate ao coronavírus.
Não basta um sintoma gripal, como febre, tosse, falta de ar ou coriza para entrar na lista de casos suspeitos de coronavírus.
No Brasil, além dos sintomas, as autoridades de saúde só consideram episódios de pessoas que tiveram contato com alguém que esteja com covid-19 e/ou tenham vindo de um dos 16 países com registro de infecção dentro do próprio território. É o caso da Alemanha, França, Itália, Austrália, Emirados Árabes, Irã, China, Japão, Coreias, Tailândia, entre outros.
O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, explica como é o atendimento de uma pessoa com suspeita de coronavírus.
“O médico deve proceder à precaução para transmissão por gotícula. Coloca uma máscara na pessoa, coloca em um local isolado, colhem-se duas amostras, que vão para o Laboratório Central do Estado e para um laboratório de referência”.
Não há remédio para o covid-19, apenas medicamentos para combater os sintomas, como a febre e a tosse. E o próprio organismo produz anticorpos para combater o vírus. Por isso, só se tem coronavírus uma vez, como destaca o Ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
“O organismo da gente, quando entra em contato com um vírus, ele trava uma batalha dos seus linfócitos, que são grupamentos de células especializados em lutar contra vírus. E surgem uma série de células que são as defesas de memória. Cada vez que você entra em contato com aquele vírus, o seu organismo já reconhece, sabe quem ele é e não permite que ele se reproduza no seu organismo”.
O Ministro reforçou que também não há vacina contra o covid-19, mas estar com o cartão de vacinação em dia protege contra gripes como a influenza, ajuda no diagnóstico e fortalece o organismo.
“O médico vai perguntar: a senhora foi vacinada? Fui. Bom, se ela foi vacinada e a vacina dá 90% de cobertura para influenza, a probabilidade desta gripe ser influenza é 90% menor. E a gente evita a cocirculação”.
Mas o Ministério da Saúde alerta que não adianta correr para o posto para se vacinar contra gripe, porque as vacinas disponíveis estão desatualizadas, e só na segunda quinzena de março o instituto Butantã vai produzir as novas vacinas.
Para evitar contaminação, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.