Morre Valdir Espinosa, ídolo do Botafogo e do Grêmio
Aos 72 anos, o treinador de futebol, Valdir Espinosa, deixou o jogo da vida nesta quinta pela manhã. Ídolo de Grêmio (campeão mundial Interclubes de 1983) e Botafogo (campeão Carioca de 1989), Espinosa contou em 2019 ao programa “No Mundo da Bola”, da TV Brasil, como nasceu o amor pelos dois clubes.
“Eu era garoto em Porto Alegre e matei aula para assistir minha primeira partida de futebol no Olímpico, que era justamente entre Grêmio e Botafogo. Não lembro do resultado, mas de um ponta de pernas tortas (Garrincha) e de um lateral (Ortunho) que batia uma barbaridade” .
Espinosa passou por duas cirurgias no abdômen na última semana e morreu após complicações pós-operatórias. Desde o fim do ano passado, Valdir era gerente de futebol do Botafogo, clube que, quando técnico, ajudou a tirar de uma fila de 21 anos sem títulos. “Vindo para o Rio, no aeroporto, encontrei o Telê e o Minelli que me cumprimentaram pela coragem. No primeiro treino, um jogador falou que aquilo era uma bagunça e que eu tinha entrado numa fria. O Emil (presidente da época), falou que contrataria quem eu quisesse. Eu disse que não e aos poucos, passo a passo, churrasco a churrasco, conseguimos chegar à final”.
Espinosa nasceu em Porto Alegre e Iniciou a carreira como atleta no Grêmio, mas também atuou pelo CSA e Vitória. Como técnico, além do Tricolor Gaúcho e do Alvinegro Carioca, trabalhou vários clubes como: Portuguesa, Athletico-PR, Vasco, Fluminense e Santa Cruz. No exterior, dirigiu times no Japão, Paraguai e Estados Unidos.
O corpo de Valdir Espinosa foi velado no Salão Nobre de General Severiano e será enterrado nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, em cerimônia reservada apenas aos familiares.