Sem forma de se prevenir contra Covid-19, pessoas em situação de rua preocupam entidades no DF
Por motivos de saúde pública e da pandemia do Covid-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde, o assunto não seria outro, em meio a autoridades, governos e também nas conversas informais.
A recomendação mais eficaz para evitar a disseminação do novo coronavírus é ficar em casa, evitar contato pessoal e manter sempre a higiene, com uso frequente de álcool em gel e mantendo as mãos sempre lavadas.
Mas e quanto às pessoas que vivem em situação de rua? Elas não têm onde se isolar, não têm onde morar e nem mesmo acesso a itens básicos de higiene, como água. Essa é uma preocupação de entidades de apoio a pessoas em situação de rua, a exemplo do “No Setor”, em Brasília, dirigida por Rogério Barba.
De acordo com levantamentos do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a população em situação de rua, no Brasil, já passava dos 100 mil há quatro anos. Mesmo sem um levantamento mais recente, a quantidade de pessoas expostas a riscos de todos os tipos, incluindo agora o do coronavírus, preocupa defensores dos direitos humanos e entidades.
Para Rogério Barba, que atua na capital federal, o Estado deve somar forças no combate à dependência química, como problema de saúde pública, em vez de combater as pessoas que vivem nas ruas. Além disso, oferecer meios de manter o equilíbrio psicológico. Só assim para reduzir essa população nas ruas.
Enquanto medidas efetivas não são anunciadas, usuários das redes sociais circulam recomendações para que qualquer pessoa ajude como der. Uma das sugestões é oferecer álcool em gel a quem vive nas ruas, andar com garrafa dágua e sabão e monitorar a situação dos banheiros públicos, se têm condições de uso.