Bolsonaro diz que pode fazer terceiro teste para coronavírus
Em entrevista coletiva, realizada nessa sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro e ministros falaram sobre a situação do coronavírus no Brasil.
O presidente disse que deve se submeter a um terceiro exame, para verificar se está infectado pela Covid-19. Ele disse não temer o coronavírus.
Bolsonaro informou que deve entrar em contato com o presidente chinês, Xi Jinping, para comprar, ou até receber em doação, do país asiático, equipamentos para tratar os pacientes brasileiros, caso a situação se agrave por aqui, já que a China vem registrando queda no número de casos.
Em relação a um possível colapso econômico, o presidente disse que é preciso padronizar os procedimentos entre o governo federal e os governos estaduais, e se se mostrou contrário a iniciativas unilaterais, como o fechamento dos aeroportos.
Bolsonaro disse que é preciso compreender a necessidade de transportar medicamentos e insumos de uma parte a outra do país.
O presidente destacou a garantia dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que não faltará recurso para combater os efeitos da pandemia de coronavírus no mercado.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ressaltou que o SUS é forte, e que, com a ajuda das equipes de saúde da família espalhadas pelo país, é possível atender a 70 milhões de cidadãos e aguentar os próximos 30 dias de crise. Mas lembrou que o país já apresenta transmissão sustentada do vírus.
Mandetta comentou o alto índice de infectados pela Covid-19 na Itália, e atribuiu à alta quantidade de idosos naquele país. No Brasil, ele se disse preocupado com estados como o Rio Grande do Sul, mais envelhecido, enquanto na região Amazônia, mais jovem, a incidência deve ser bem menor.
O ministro da Saúde ainda criticou o excesso de medidas de cautela com a pandemia, como bloqueio de transportes, porque, segundo ele, pode prejudicar mais do que ajudar o país. E citou a necessidade da chegada de alimentos e medicamentos, além do cloro, para garantir água tratada à população. E questionou: como o cidadão pobre e doente pode chegar até às unidades de saúde e hospitais sem ônibus?