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Diferentes tipos de voluntariado atuam durante a pandemia

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Nos momentos em que o dia está difícil, cinza, complicado, com mais nuvens que o normal uma comida que alenta o coração e alma é o pão. Com café, então, aquece corpo e mente. E num momento tão desafiador, com uma pandemia que mudou rotina de todos os brasileiros, um grupo de Brasília se uniu com a proposta simples de produzir e distribuir esse alimento.
No último domingo, foram feitos 300 pães que chegaram fresquinhos a comunidades em situação de risco do Sol Nascente, Estrutural e Morro do Sabão no Distrito Federal. Depois da primeira ação bem sucedida, o grupo pretende entregar, sempre aos domingos, sanduíches para quem precisa até passar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
“Nesse momento eu acho que toda a iniciativa é uma boa, embora em geral eu pense que a distribuição de renda é uma ação que deve ser feita pelo governo, nesse momento levar alimentos, produtos de limpeza e produtos de higiene para quem precisa é mais urgente”, diz o padeiro Renato Paiva Lins, idealizador do projeto.
Quem também está ajudando pessoas em situação de risco com alimentos é o empreendedor Luiz Oderma, dono de um pequeno restaurante no bairro Asa Norte, em Brasília. Com apenas um funcionário e inseguro com os rumos do fechamento do comércio na cidade em virtude da pandemia, começou a operar fazendo entregas em casa. Como viu que o movimento se manteve, resolveu também ajudar a outros. Com o apoio dos clientes, já entregou cerca de 50 marmitas para pessoas em situação de rua.
“Quando viram a nossa ação começamos a receber muitos clientes novos que também queriam ajudar. Eu não imaginava que as pessoas iam querer participar tanto assim.”
O grupo Anjos do Bem Brasília já cuida de famílias em situação de risco há 10 anos. Neste momento, estão ampliando as operações para atender mais pessoas que necessitam. As ações que ocorriam três vezes por semana, a partir da próxima semana o trabalho voluntário vai aumentar cinco vezes. Além de levar comida, roupa, produtos de higiene e álcool em gel, o grupo está preocupado em levar informação para quem não tem acesso.
“Estamos tentando de alguma forma fazer com que eles entendam, apesar da dificuldade de quem está na rua. Muitos não acreditam, muitos não tem TV, e nem sabem muito sobre o vírus então a gente tenta também passar orientação, nas ruas e nas comunidades também”, diz uma das idealizadoras do grupo, que prefere não se identificar.
Rio de Janeiro
Pessoas com mais de 60 anos, os idosos, são os que mais precisam ficar isolados durante a pandemia. Por terem a saúde mais frágil, o cuidado precisa ser redobrado. Nem por isso precisam se sentir sozinhos. Afinal, manter uma mente sã facilita, é muito, nos períodos de privação. Foi pensando nesse grupo que a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec do Rio de Janeiro  criou o projeto “História por telefone”. Poetas, músicos e contadores de histórias entram em contato, via telefone, e levam histórias exclusivas para quem precisa.
Quem quer ser voluntário precisa se cadastrar no site. Quem quer receber uma ligação, também! Em apenas 10 dias, foram 1.485 inscrições.
Para a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, uma das primeiras voluntárias a fazer uma ligação, o projeto leva histórias para pessoas que podem estar sozinhas, precisando de companhia. “Fomentar cultura nesse momento é muito importante, mostra solidariedade e compaixão, elementos fundamentais na sociedade. Uma história bem contada, com carinho, afasta até mesmo doenças, como depressão. Por isso a importância de ter o maior número de voluntários possível nesse projeto”, disse em nota a secretária.
Voluntários
Para quem deseja contar histórias para idosos, basta preencher o formulário que a Secec-RJ entra em contato.
Para quem é da área de saúde e mora no Distrito Federal, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) está realizando um cadastro específico de profissionais que desejam ser voluntários durante a pandemia da Covid-19. As inscrições podem ser feitas no link.

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