Rio de Janeiro ganha Centro de Inteligência Epidemiológica
Foi lançado hoje (25) o Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE), uma iniciativa da prefeitura do Rio de Janeiro para monitorar e divulgar indicadores de saúde pública. As informações serão disponibilizadas para consulta em um site, que deve entrar no ar na segunda-feira (28).
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, a experiência adquirida com o monitoramento da pandemia de covid-19 contribuiu para estruturar o novo centro.
“O objetivo do Centro de Inteligência é que a gente possa reunir e planejar todas as informações epidemiológicas da cidade. Colocar unidades sentinelas em todos os locais para colher amostras biológicas e identificar qual o tipo de vírus que está circulando na cidade, para que a gente possa agregar informações de atendimento dos prontuários eletrônicos de todas as unidades de saúde em tempo real, para saber se a gente tem algum aumento de transmissão de qualquer tipo de doença”.
Soranz explica que, além da covid-19, o CIE vai reunir informações sobre outras doenças infecciosas, crônicas e degenerativas, bem como o acompanhamento dado pela atenção primária de saúde.
“A dengue e as outras arboviroses são doenças que este centro também vai estar analisando. Está preparado para isso. Hoje, a gente tem um bom monitoramento das principais arboviroses, qual a circulação de mosquitos na cidade do Rio de Janeiro. Mas esse centro vai muito além disso, ele também acompanha o panorama epidemiológico de mortalidade, de nascidos vivos, então todo o processo de adoecimento que acontece na cidade para todas as doenças esse centro tem a capacidade de analisar”.
Compartilhamento de dados
O local está integrado ao Centro de Operações do Rio (COR) e vai compartilhar informações com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas. De acordo com o secretário, a troca de informações internacionais beneficia toda a comunidade de vigilância em saúde e permite a rápida tomada de decisão.
“O que acontece no Rio de Janeiro pode acontecer igual em outro momento, em outras cidades, em outro local. Então, se você produz dados de qualidade, você também pode encontrar e receber dados de qualidade. Trocar informação é fundamental no momento de hoje. Uma frente importante é agregar os dados que a gente já produz e transformar esses dados com mais velocidade e tomar decisão. O outro ponto é como a gente planeja a nossa rede de dados ou como a gente planeja a coleta de informação”.
Preocupações
Além da dengue, que passa por uma baixa na transmissão depois do verão, e da covid-19, que apresenta no momento as menores taxas desde o início da pandemia, há dois anos, Soranz explica que a principal preocupação da secretaria é com a chegada da gripe sazonal.
“Agora a gente entra num outro período, que além da dengue, é um período preocupante pela gripe sazonal. Dia 4 agora a gente começa a vacinação para gripe, essa vacinação já inclui as novas cepas de influenza previstas e em circulação no hemisfério norte desse ano, então a gente tem já uma nova vacina para gripe, ela começa a ser aplicada no dia 4 para o grupo de 80 anos ou mais”.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um dos principais produtos do CIE é o Observatório Epidemiológico (EpiRio), plataforma que reúne painéis interativos de monitoramento, como de dengue e chikungunya, nascimentos e mortalidade, coberturas vacinais, doenças de notificação compulsória e covid-19 – este colocado no ar durante a pandemia do novo coronavírus. A plataforma estará no ar partir da próxima segunda-feira (28), pelo link.
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