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Com 117 casos de sarampo, Rio busca ampliar cobertura vacinal

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Seguindo o calendário elaborado pelo Ministério da Saúde, o governo do estado do Rio de Janeiro deu início, hoje (18), à segunda fase da campanha nacional de vacinação contra o sarampo. O estado já registrou este ano 117 casos da doença, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o que o coloca entre os três com maior incidência no atual surto que atinge o Brasil. Em todo o país, são cerca de 5,6 mil casos, em 19 estados. Mais de 90% das ocorrências se concentra em São Paulo, onde já foram registrados mais de 5 mil diagnósticos positivos.
Na nova etapa, que vai até o dia 30 de novembro, o Ministério da Saúde mira em cerca de 9 milhões de pessoas entre 20 e 29 anos, que não tomaram duas doses na infância. Essa é a faixa etária que acumula o maior número de casos confirmados no atual surto. Os imunizantes são assegurados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis em unidades básicas.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção ao sarampo. Para as pessoas até 29 anos de idade são recomendadas duas doses da vacina. Na faixa de entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose. A primeira fase da campanha de vacinação, realizada de 7 a 25 de outubro, foi focada no atendimento às crianças de 6 meses a 5 anos de idade, grupo mais vulnerável às sequelas e óbitos.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil superou a meta global alcançando 97% de cobertura vacinal na faixa etária de 6 meses a 1 ano de idade. No entanto, 10 estados ficaram abaixo do índice almejado de 95% e o Rio de Janeiro registrou o pior percentual,de 69,24%.

Causado por um vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave transmitida por via aérea. Os sintomas são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza e mal-estar intenso. Após um período que varia de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas. Quando ocorre na infância, a vítima pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente. Mesmo entre adultos, a doença pode deixar sequelas e também evoluir a óbito. Neste ano, 14 pessoas morreram, sendo 13 em São Paulo e uma em Pernambuco.
No Rio de Janeiro não há registro de mortes. Os 117 casos estão espalhados por 16 municípios. Duque de Caxias lidera com 36 ocorrências. Em seguida, vêm a capital, com 31 confirmações, Paraty com 12 e São João de Meriti com 10. As demais cidades são Angra dos Reis, Belford Roxo, Cabo Frio, Casemiro de Abreu, Itaguaí, Magé, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Resende, Rio das Ostras e Saquarema.

Edição: Fernando Fraga

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