Serviço ajuda migrantes a entrar em contato com familiares, em Roraima
Os migrantes enfrentam diversos problemas para se adaptar a um novo país e um deles é lidar com a saudade da família que ficou na terra natal. E foi pensando em diminuir essa distância que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha criou, em julho de 2018, o programa Restabelecimento de Laços Familiares, em Roraima, principal porta de entrada de venezuelanos no Brasil.
A iniciativa oferece gratuitamente chamadas telefônicas nacionais e internacionais, acesso à internet e recarga de baterias de celular em postos de atendimento, localizados principalmente em abrigos na capital Boa Vista e no município de Pacaraima, que faz fronteira com a Venezuela.
E na semana em que se comemora o Dia Internacional dos Migrantes, celebrado em 18 de dezembro, uma boa notícia: o serviço foi expandido e agora totaliza 17 postos.
O chefe do escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Boa Vista, Fernando Fornaris, conta que falar com os familiares é uma das primeiras necessidades que os migrantes sentem quando chegam ao país.
O programa Restabelecimento de Laços Familiares é custeado pelo próprio Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O trabalho nos postos de atendimento é feito por voluntários. Entre eles, há, inclusive, migrantes. É o caso do venezuelano Oreisi Garcia, de 29 anos, que está no Brasil há quase dois anos, em busca de melhores condições de vida junto com a esposa e dois filhos. Ele destaca a importância do serviço.
Desde que foi criado em Roraima, o programa Restabelecimento de Laços Familiares já fez cerca de 360 mil atendimentos, a maioria chamadas telefônicas. A iniciativa também ajuda a população migrante a localizar familiares que estão em outras regiões do Brasil ou do mundo.