Estudo mostra que habitats diferentes têm protegido biodiversidade da Amazônia
A manutenção de habitats diferentes é fator de proteção da biodiversidade na Amazônia. Essa é uma das conclusões de um estudo sobre répteis, realizado pelo Instituto Mamirauá, na reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, região central do estado do Amazonas.
A pesquisa, conduzida pelo biólogo Iury Cobra, fez um levantamento das espécies de répteis e as respectivas quantidades em diferentes áreas, coletando dados em florestas de terra firme e também em áreas alagáveis, também chamadas de várzeas.
Em um ano de coleta na unidade de conservação, foram identificados 512 indivíduos de cobras e lagartos que totalizaram 39 espécies identificadas na terra-firme e 30 nas matas alagadas de várzea.
A percepção é de que a área tem conseguido manter o processo evolutivo da biodiversidade, por ter um perfil de mosaico.
A comparação entre animais de terra firme e várzea também é importante porque pode mostrar como a mesma espécie habita ambientes diversos e pode se adaptar, demonstrando a influência do ambiente nos comportamentos dos indivíduos.
De acordo com o pesquisador, os estudos apontaram um padrão já conhecido pelos cientistas para os ambientes amazônicos: a terra-firme tem mais espécies e a várzea, maior quantidade de animais.
Os resultados mostram que a complementariedade das áreas diversas determinam a população das espécies na região, daí a importância da conservação de áreas diferentes entre si.