Presidente da Cedae presta depoimento sobre a água do Rio de Janeiro
O presidente da Cedae, Companhia de Águas e Esgotos, Hélio Cabral, e outros dois funcionários da empresa prestaram depoimento na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro.
Os dois funcionários, que não tiveram a identidade revelada, saíram sem falar com a imprensa. Foram mais de seis horas de depoimentos.
O presidente da Cedae declarou que foi prestar esclarecimentos técnicos para auxiliar na averiguação dos fatos, pela polícia.
A ação faz parte da investigação que já ouviu pelo menos oito testemunhas e apura se houve sabotagem no sistema de distribuição de água da companhia, hipótese levantada na segunda-feira (20), pelo governador, Wilson Witzel.
A titular da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados, Josy Lima, afirma que outras linhas de investigação também estão sendo apuradas.
O Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma petição na Justiça pedindo que a Cedae dê publicidade a mais de 70 laudos comprobatórios da qualidade da água disponibilizada à população do Estado do Rio.
No último dia 15, a companhia divulgou no portal, mas foi acusada pelo MP de omitir informações.
A crise no abastecimento de água em bairros do Rio e parte da Baixada Fluminense surgiu no início do mês, com os primeiros relatos de mudança no aspecto da água.
A Cedae sustenta que o problema se deve à substância Geosmina, causada pela proliferação de algas. A empresa informa que não há riscos ao consumo.
Na semana passada, dois diretores da Cedae foram afastados dos cargos em função da crise.