Cedae recebe novas orientações sobre abastecimento
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio e Janeiro (Agenersa) determinou que a Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) “atenda de imediato, e prioritariamente, hospitais, unidades de saúde, escolas, creches, unidades de tratamento de idosos, presídios e demais áreas sensíveis afetadas pelo desabastecimento de água, contratando, se necessário, carros-pipas”. A medida foi tomada em virtude da interrupção do abastecimento para descarga da captação na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, gerando falta de água em vários bairros da região metropolitana do Rio. A Cedae interrompeu o fornecimento devido à presença anormal de detergente na estação de captação do Guandu.
A agência reguladora determinou que a Cedae remeta relatórios diários, até as 15h, sobre o abastecimento de água nas regiões atingidas, detalhando procedimentos adotados e os atendimentos realizados nos respectivos bairros e municípios. A Cedae também deve “disponibilizar as informações [sobre abastecimento] de forma clara, por meio de mídias de fácil acesso à população do Rio de Janeiro”.
Outra exigência foi que a Cedae envie diariamente as reclamações dos usuários sobre desabastecimento de água à ouvidoria da Agenersa.
O ofício da Agenersa encaminhado à Cedae esclarece que o cumprimento das determinações “não é impedimento para ressarcimento aos usuários, possíveis aplicações de penalidades à companhia e compensações tarifárias”.
Assim que recebeu os comunicados, a Agenersa determinou que a Companhia informasse imediatamente à população os motivos que levaram ao fechamento das comportas. A Cedae teve ainda que notificar autoridades e prefeitos dos municípios da área de atuação sobre um provável desabastecimento.
Por fim, a Agenersa esclarece que, por se tratar de detecção da presença de detergente na água, cabe ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a investigação da origem da alta concentração do produto na captação da ETA Guandu. A estação é responsável por aproximadamente 80% do abastecimento da região metropolitana do Rio, o que deve causar intermitência no fornecimento de água.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira