Fiscalização em Queimados, no Rio, fecha indústria de colchões
Em mais uma operação de fiscalização no Distrito Industrial de Queimados, na Bacia do Rio Guandu, na Baixada Fluminense, a Indústria Brasileira de Colchões e Espumas de Poliuretano Ltda foi interditada cautelarmente, por armazenar 400 mil litros de produtos químicos empregados na produção de espuma para colchões, sem licença.
“Foram constatados o armazenamento inadequado de produtos perigosos, disposição inadequada de resíduos sólidos e encontradas canaletas ligadas à rede pluvial que, em caso de acidente, poderiam carrear o produto perigoso aos corpos hídricos”, informou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Na Arfrio S.A. Armazéns Gerais Frigoríficos, a segunda empresa vistoriada, as equipes não encontraram problemas. “Encontra-se em dia com as obrigações ambientais”.
As vistorias no polo industrial de Queimados começaram na quinta-feira (6) e se repetiram na sexta-feira (7).
Hoje foi o terceiro dia de fiscalização. Enquanto fiscais visitam as empresas por terra, uma equipe faz sobrevoo na área para identificar empresas que estejam cometendo as ilegalidades. De acordo com o Inea, foram inspecionadas 13 empresas, sendo que seis tiveram as atividades suspensas por infrações ambientais.
A bacia hidrográfica do Rio Guandu, que se estende em uma área de 3.600 quilômetros quadrados, é considerada a fonte primária de abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ela é formada pelos rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim, e abrange uma área de 15 municípios – Seropédica, Itaguaí, Paracambi, Japeri, Queimados, Miguel Pereira, Vassouras, Piraí, Rio Claro, Engenheiro Paulo de Frontin, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Mendes, Mangaratiba e Barra do Piraí.
A empresa de venda de colchões Ortobom, que comercializa os produtos da indústria interditada cautelarmente, confirmou que ela é uma de suas fornecedoras e condenou práticas que desrespeitam o meio ambiente.
“A Ortobom repudia práticas que degradam o meio ambiente e reitera que todas suas fábricas espalhadas pelo Brasil seguem rigorosamente a legislação sanitária e ambiental vigente”, informou a empresa à Agência Brasil.