Durante entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal refutaram o relatório do Ministério da Saúde, que aponta que o DF e outros quatro estados seguem para uma fase de aceleração descontrolada da pandemia do novo coronavírus.
O Secretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage, disse que a informação não traduz a dimensão das medidas que vêm sendo adotadas na capital do país.
“Quando falamos que há uma disseminação descontrolada, significa, ou pode dar a entender, que nenhuma medida que está sendo adotada consegue controlar a curva de crescimento da pandemia, por exemplo. Não é verdade. Não somente aqui no DF, como em São Paulo e em alguns outros estados, principalmente esses que adotaram as medidas de contenção, as medidas de isolamento social de forma bastante intensa e muito precoce, estão, sim, tendo impacto em termo de achatamento da curva”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a pandemia é dividida em quatro fases epidêmicas: transmissão localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle.
Diante do perfil epidemiológico, o Ministério da Saúde avalia que no Distrito Federal e também em São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas, a epidemia pode estar na transição para fase de aceleração descontrolada.
A constatação é baseada na incidência. Segundo o boletim divulgado na tarde desta segunda, o Brasil tem 5,7 casos por 100.000 habitantes. NO DF, 15,5 casos de covid-19 por 100 mil habitantes – o pior índice.
O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Wanderson Oliveira, destaca que as medidas de isolamento no DF têm sido efetivas. Ele falou sobre a situação em Brasília.
“Brasília tem um bom plano de preparação, está seguindo esse plano, está atenta a essa realidade local, e tenho certeza de que a população de Brasília aderiu muito mais do que a gente imagina”.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o DF tem 475 casos confirmados e dez mortes. Quatorze pessoas seguem em estado grave.&nbs
