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MPF no Mato Grosso pede que indígenas permaneçam em casa

Procuradores da República em Mato Grosso fizeram um apelo, por meio de um vídeo, onde pedem – em 14 línguas indígenas diferentes – que os índios fiquem em casa. O pedido é reforçado pelo procurador responsável por Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal em Mato Grosso, Ricardo Pael, que destaca no vídeo a importância do isolamento social também entre os índios.

Doenças respiratórias já são as maiores causadoras de mortes indígenas, como explica o antropólogo Luis Ventura, membro do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas; por isso, a  chegada do coronavírus preocupa muito.

“As doenças respiratórias já estão entre as que mais causam mortes em povos indígenas. E o coronavírus, que se trata de um vírus desconhecido ainda, poderia realmente causar uma maior incidência e impacto negativo entre as populações indígenas”. 

A distância de muitas comunidades dos centros urbanos com capacidade de atendimento em saúde é também outra preocupação, segundo a virologista Deusilene Vieira, pesquisadora da Fiocruz em Rondônia

“Às vezes essas aldeias são muito distantes da cidade, o acesso é fluvial, e isso dificulta o atendimento pela equipe de saúde ou a identificação dos primeiros casos”. 

Segundo a Sesai – Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, dados registrados até terça-feira apontam 17 casos confirmados de coronavirus entre indígenas e três mortes.

Para tentar atender a demanda dessas populações tradicionais, a Sesai publicou portaria na última segunda-feira (13), em que determina a instituição de Equipe de Resposta Rápida, no âmbito dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, para enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Cada Dsei deve receber uma equipe emergencial para atuar por três meses. Cada grupo terá um médico, dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem. A contratação se dará por processo seletivo ou convocação de cadastro reserva de concursos já realizados.

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