O anúncio de André Sacco Jr., o médico mais conhecido de Osasco, não trouxe muita surpresa. Primeiro, Sacco era cotado para assumir a pasta desde a eleição de Rogério Lins.
Segundo, pois reuniu força política, junto do PSDB, para assumir a pasta independentemente da vontade do novo prefeito.
Na política, quando um apoio decisivo se soma à chapa vitoriosa, como o PSDB apoiando o PTN de Lins, o acúmulo de força cria a condição para que secretários reunam quase a mesma força de um prefeito.
No caso de Sacco, o acumulo de força é tão evidente que ele poderia ser secretário ainda que Rogério Lins, Rossi, Piteri e companhia não quisessem. E ele sabe disso.
Em sua fala inicial, desdisse Rogério Lins na sua frente(que afirmou a vontade de por ‘taxinhas’ nas cadeiras dos secretários para que eles fossem às ruas) deixando claro que -por ser cirurgião-, vereador por vários mandatos e um cidadão que não foge do calor das ruas, ele não aceitaria taxinhas em sua cadeira.
A forte manifestação do secretário, contrastante com a dos demais anunciados (foram 5 no total), mostra com clareza que o novo Secretário de Saúde de Osasco fará do modo que quiser e com as opções que desejar.
Rogério Lins, prefeito eleito, sabe que em seu secretariado terá de equilibrar diversas forças que no passado foram dissonantes. No caso de Sacco, seu propósito parece ser apenas de comandar a saúde do jeito que ele sempre manifestou idealizar.
Gabriel Martiniano
Editorial PlanetaOsasco.com