Em Miami, Rogério Lins recebe notícia de que será preso
Miami Beach acordou mais triste hoje. Pela manhã, o prefeito eleito de Osasco recebeu uma notícia muito triste –para ele, é claro. Se não obter Habeas Corpus preventivo, o prefeito eleito pode virar manchete nacional com fotos no aeroporto, de algemas.
A assessoria do político está em polvorosa, tentando entender o caso e evitar uma cobertura negativa em nível nacional. Outra preocupação: o Governador Geraldo Alckmin está avaliando a retirada imediata de apoio ao eleito, causando a ruptura entre PSDB e PTN.
Conforme antecipado pelo CMIO (Coletivo de Mídia Independente de Osasco), Lins era investigado desde 2015, junto de mais 10 vereadores da cidade, ou seja, mais da metade da câmara está sob investigação. Alguns por crimes graves, outros por denúncias simples e de menor gravidade. Este último, não é o caso do prefeito eleito.
O escândalo é o maior para um município em toda a história recente do país. Nunca antes uma situação dessas foi vivenciada por uma cidade com mais de meio milhão de habitantes.
Análise
Os problemas para Lins apenas começaram. Primeiro, pois pode ser preso no aeroporto, com manchetes nacionais. Segundo, pois a votação do orçamento da cidade ainda não aconteceu, fazendo com que Osasco não tenha sequer dinheiro provisionado para 2017 (nem sequer ‘um centavo’).
Em caso da votação não acontecer, é possível que se abra o precedente para atraso ou não-diplomação de reeleitos, outro caso inédito na história nacional.
O impacto de uma eventual prisão de Rogério Lins, em viagem para Miami, com cobertura nacional, somada à perda de apoios como de Geraldo Alckmin, poriam esse governo em rota de fim antes mesmo do começo. Vamos torcer pelo melhor para Osasco.
CMIO – COLETIVO DE MÍDIA INDEPENDENTE