Exclusivo: Nomeações revelam ligação de Lins e JP
Exclusivo – O Governo de Rogério Lins indicou nomes historicamente vinculados ao ex-deputado João Paulo Cunha (PT) como contrapartida para a manutenção do apoio de grupos. As informações são do Coletivo de Mídia Independente de Osasco e foram confirmadas por fontes distintas.
Os dados são oficiais, publicados no IOMO (Imprensa Oficial do Município de Osasco) e denotam a extensão do acordo político. Para a população da cidade, a informação não é uma novidade.
Com a confirmação de mais uma dezena de nomeações no IOMO, as indicações dos novos comissionados não levam em consideração a competência técnica, mas, sim, os acordos políticos entre Rogério Lins e tais grupos, através de seu Secretário de Governo, Gelso Lima, centralizador das listas de indicações e que ficou conhecido na semana passada por seu envolvimento no vídeo da confusão do corredor da PMO, publicado no PlanetaOsasco.
O caso é grave.
O ex-prefeito Francisco Rossi (PR) teria advertido pessoalmente Lins de que a eventual parceria do governo com João Paulo Cunha seria onerosa para os cofres públicos, como resultado, Rossi e a vice prefeita foram afastados do núcleo duro das decisões. Celso Giglio (PSDB) não teria se manifestado sobre a parceirada de Lins, até mesmo por que enfrenta dura oposição dentro do próprio partido sobre o atual Secretário de Saúde, indicado por ele. Já para Emidio de Souza, o ideal seria o PT não fazer parte do governo ou aceitar cargos. Até mesmo na capital paulista o caso gera desconforto. O prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), foi pego de calças curtas após apoiar o prefeito de Osasco nas eleições. Pela segunda vez (a primeira foi a detenção de Lins).
E é justamente agora que o PT em Osasco vive um momento de decisão; em disputa interna, marcada para domingo, existem duas alas. A chapa formada pelo próprio grupo de João Paulo Cunha (que garantiria apoio e cargos com Rogério Lins) e, do outro lado, a composição formada pelo deputado Marcos Martins, o ex-prefeito Emidio de Souza e lideranças históricas do partido, que querem oposição ao governo.
E é por isso que RL decidiu abrir as comportas dos cargos e liberar apoio total e irrestrito para o grupo de João Paulo Cunha. Caso JP seja derrotado, o PT de Osasco se voltaria para uma discussão ideológica e de oposição ao prefeito. E, nesse caso, sai mais barato para Lins oferecer dezenas de cargos pagos com dinheiro público do que correr o risco de ter uma oposição robusta. A tentativa de anular Rossi comprova esse medo.
O processo seletivo marcado para terça-feira também estaria sofrendo alterações de última hora para contemplar indicações específicas.
O último IOMO constata algumas novas nomeações, não necessariamente ligadas ao caso;
Com informações do Coletivo de Mídia Independente de Osasco
Checagem DN
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