Análise: Dinheiro público, liberdade de expressão e tocha olímpica
Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa!
Novamente, caro internauta, proponho hoje outra reflexão. Recentemente, debatemos o posicionamento político dos candidatos em Osasco, o discurso de ódio e amor inflamado sem base nenhuma ou qualquer argumentação minimamente fundamentada. Isso foi tão comum. Ainda é. Hoje, nossa proposta é em torno de organização: cada coisa no seu devido lugar.
DINHEIRO PÚBLICO
Já pensou em pegar reais ou pesos de qualquer uma das economias sul-americanas e tentar embarcar e fazer compras onde estas não são as moedas utilizadas? É mais ou menos isso que ocorre quando, nos debates políticos, dizemos que o vereador, prefeito, governador deveria gastar menos com isso para gastar mais com aquilo. Há recursos destinados para o esporte que não podem ser usados por outro departamento. O mesmo acontece com cada destinação. E mais: isso é provisionado por técnicos com quase um ano de antecedência, na ideia de prever os custos do próximo ano.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO/ IMPRENSA:
No mesmo conceito de organizarmos nossa ideia, vamos a mais uma proposta. Quando educamos um filho, falamos sobre tudo que ele poderá fazer desde que cumpra com determinadas obrigações, seja arrumar a cama ou tirar boas notas na escola. Há uma certa liberdade de expressarmos o que pensamos no facebook, por exemplo. Só que, em nenhum momento, tocamos no ponto responsabilidade: há certeza no que falamos? Provas? São só opiniões? Fundamente-as, com base. Já pensou se o facebook abrisse uma tela como o Microsoft Windows: “você tem certeza que quer publicar isso?” ainda sugiro o teste das 3 perguntas de Sócrates: “é verdade?”, “é bom?” e “é útil”? Já pensou se tivesse que clicar mais 3 vezes confirmando a publicação, após refletir um pouco mais antes do ok?
Quando isso parte de cidadãos como pessoa física, que não são profissionais de comunicação, a cobrança acaba sendo menor e mais fácil de ser aceita e relevada. Porém, quando é na conhecida PJ (pessoa jurídica), mesmo que representada por uma pessoa, seja quem for, precisa lembrar que liberdade de expressão caminha lado a lado com a responsabilidade e a ética que jornalistas fazem o juramento na colação de grau. Hoje, não há mais tanta cobrança pelo diploma desta nossa profissão, porém, isso não libera o também jornalista, mesmo que não formado, a descumprir estes preceitos. É igual lei. Não sabemos muitas, mas, está publicado, siga.
TOCHA OLÍMPICA
E, por fim, vamos falar de atitudes. Quem aqui seria louco de ir para frente de um campo de futebol em dia de jogo e gritar o nome do time rival? Não seria uma atitude inteligente. Pouco inteligente também é você que não concorda com as atitudes do seu vizinho ou parente esperar ele dar uma festa e comparecer para tumultuar a festa dele. Você não será ouvido nem naquela hora, nem depois. Tudo é questão de momento para fazer cada coisa.
Essa comparação com a festa do vizinho pode ser aplicada facilmente com quem não gosta, não está interessado com a questão do revezamento da tocha. Há grupos de boicote nas redes sociais, com a missão de jogar água neste símbolo dos Jogos. Isso, perante o mundo, só reforça a visão que somos mal educados. E não deixaria resultado algum, só a marca de sermos um país que “apagou a tocha com um balde d’água”, nada além. E pouco resolve. Ou mellhor, nada. Durante este momento, seu objetivo de tumultuar só fará você ser excluído do evento pela segurança preparada para isso e ser visto como um babaca. Seus objetivos não serão alcançados naquela hora, nem sequer ouvidos depois. Refletir antes de publicar e agir é uma forma de respeito e como diz minha vó: “Respeito é bom e conserva os dentes.” A -violência- nos leva a crer que a -violência- é o caminho. Quando na verdade é o oposto.
Nossa cidade, nossa casa, precisa de mais identidade e sentimento de pertencimento.
DM – CMIO
