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África tem 16,3% da população-alvo totalmente imunizada contra covid

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O diretor do Centro Africano de Prevenção e Controle de Doenças (África CDC) disse hoje (21) que Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe estão entre os dez países africanos com maiores taxas de vacinação da população.

“Dez países vacinaram mais de 35% da população: Seicheles, com 81%, Ruanda, com 64%, Ilhas Maurícias (76%), Cabo Verde (55%) Botsuana (54%), Tunísia (53%), Moçambique (43%), São Tomé e Príncipe (40%) e Lesoto (36%)”, apontou John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal para apresentação da evolução da pandemia de covid-19 na África, na qual disse que há 16,3% de africanos totalmente imunizados.

Na apresentação dos dados, o responsável disse que a taxa de contágios está diminuindo, mas defendeu que os governos continuem a investir na testagem da população para conter a propagação da doença.

“Infelizmente, a testagem continua a diminuir, e eu peço aos Estados para continuarem a testar, porque estamos no meio de uma pandemia e a única maneira de controlar a doença é continuar a testar”, disse John Nkengasong, salientando que durante os últimos sete dias houve uma redução de 23% no número de testes, para 500 mil, dos quais resultou uma taxa de positividade de 11%, “ainda bastante elevada”.

No total, desde o início da pandemia de covid-19, já houve 11,3 milhões de infecções, que resultaram em 251 mil mortes no continente, disse John Nkengasong, acrescentando que a tendência da última semana, de 11 a 18 de abril, mostra um acréscimo de 16,5 mil novos casos, que representa uma diminuição de 21% face aos números da semana anterior.

“Os países com mais novos casos neste período foram a África do Sul, com mais 9 mil infecções, seguida do Egito, Tunísia, Seicheles e Zâmbia”, apontou o responsável.

Em relação ao número de mortes, o panorama é ainda mais positivo, havendo uma queda de 55% no número de óbitos, que desceram de 323 para 144, de 11 a 18 de abril, em comparação com os sete dias anteriores.

A média das últimas quatro semanas mostra também um abrandamento dos contágios, que caíram 7%, o mesmo acontecendo com o número de óbitos, que caiu 8%.

A doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ômicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

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