Destaques

Cartilha traz informações sobre sistema financeiro para migrantes e refugiados

Apoie o PlanetaOsasco

Se entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional é um desafio para brasileiros, imagina para quem chega ao país, habituado a outras regras, sem saber falar português e muitas vezes sem documento algum. As dificuldades são muitas para quem precisa abrir uma conta bancária, realizar operações de câmbio, enviar e receber recursos do exterior.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Banco Central e a Agência da ONU para Refugiados – ACNUR lançaram uma Cartilha de Informações Financeiras para Migrantes e Refugiados.São problemas específicos, como destaca João Paulo Borges, coordenador de Atendimento do Departamento Institucional do Banco Central.
SONORA: “A dificuldade de abertura de conta…vem de um contexto de escassez e hiperinflação.”
Durante quase um ano, Franck Lagbre, refugiado da Costa do Marfim, guardou o dinheiro que ganhava no Brasil em casa. Segundo ele, as tentativas de abrir conta bancária esbarravam na falta de documentação.
SONORA: “Não é fácil para conseguir…abrir a conta.”
São documentos válidos para abertura de conta a Cédula de Identidade de Estrangeiro, o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE); ou a Carteira de Registro Nacional Migratório.
Para quem ainda não teve sua condição de refugiado reconhecida, é possível ir ao banco com o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório ou com o Protocolo de Refúgio. Mas é importante lembrar que o solicitante de reconhecimento da condição de refugiado precisa apresentar CPF e comprovante de endereço.
A advogada venezuelana Delara Rojas está há 3 meses no Brasil, em dia com toda a documentação. Tem CPF e cédula de residente por dois anos, mas afirma que mesmo assim, essa semana tentou e não conseguiu abrir uma conta bancária.
SONORA: “Eu tentei abrir minha conta pelo Bradesco e não consegui. Foi complicado abrir. Eles disseram que não aceitavam a minha identidade, não reconheciam.”
O Banco Central alerta que nenhum banco, ou outra instituição, é obrigado a abrir uma conta.
O coordenador-geral do Conare – Comitê Nacional para os Refugiados do Ministério da Justiça, Bernardo Laferté, explica que é necessário garantir informações às instituições financeiras.
SONORA: “Não vou julgar nenhum agente bancário… para dar segurança também para o banco na hora de abrir a conta para esse público.”
Esta semana, o marido da advogada Delara Rojas conseguiu abrir uma conta em um banco online. Segundo João Paulo Borges, do Banco Central, transações pela internet podem até ser mais descomplicadas.
SONORA: Alguns casos abrir a conta pelo canal… pode ser mais simples”.
Filerma Tovar migrou da Venezuela para o Brasil há quase dois anos. Depois de alguns trabalhos formais, ele, que é engenheiro mecânico, pediu demissão e montou sua própria empresa de manutenção de ar-condicionado. Filermo afirma que o maior desafio é entender o funcionamento do sistema financeiro brasileiro.
SONORA: “Buscar conhecer como funciona…mas tem dado certo.”
Para Paulo Sérgio de Almeida, oficial de Meio de Vidas do ACNUR, a população tem potencial e a integração começa com a documentação.
SONORA: Inclusão financeira é essencial…maneira exemplar.
A cartilha explica, por exemplo, como reconhecer os elementos de segurança das cédulas de Real e explica quais tarifas podem ser cobradas pelos bancos.
Segundo dados do Ministério da Justiça, mais de um milhão de pessoas vivem como migrantes no Brasil.
A cartilha está disponível no site do Banco Central e está sendo distribuída em locais onde há grande fluxo de migrantes e refugiados, nas versões em português e espanhol. Posteriormente, haverá versões em francês e árabe.
As dúvidas também podem ser esclarecidas em atendimento telefônico pelo número 145.

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos leitores. Faça uma doação para o Planeta -aqui-.

Artigos relacionados

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Botão Voltar ao topo
0
Queremos saber sua opinião sobre a matériax