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Projeto da USP quer mostrar a meninas que fazer ciência não é atividade só de homens

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Quarenta estudantes tiraram o último sábado para conhecer o campus da USP Leste, em São Paulo. Todas, meninas. 30 delas estudam em escolas públicas.

No roteiro, as alunas visitaram laboratórios, ouviram palestras e fizeram atividades de matemática, química, física e farmacologia.

Em todas as etapas elas foram recepcionadas por cientistas mulheres.

O programa faz parte do projeto “Vai ter menina na ciência”. Organizado por professoras e pesquisadoras da Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Para a matemática, e uma das coordenadoras do projeto, Rosana Vargas, a ideia é mostrar que pesquisa não é exclusividade dos homens.

Os números mostram como funciona o funil que tira as mulheres dos cargos mais altos da carreira científica.

Em janeiro deste ano, um levantamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes) mostrou que seis de cada 10 bolsistas da instituição eram mulheres. Ou seja, 122  mais de 200 mil bolsistas. Em 2017, elas representavam mais da metade dos alunos de pós-graduação em todo o país. Mas, na hora de dar aulas nas universidades, os homens são maioria e ocupam quase 60% das vagas.

No Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a tendência se repete. Enquanto as mulheres ficam com pelo menos metade das bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, elas respondem por cerca de um terço das bolsas de produtividade, aquelas destinadas a pesquisadores que chefiam grupos de estudo.

A maioria das mulheres é ainda mais consolidada nas áreas de ciências sociais, humanas, e saúde.
A incursão das estudantes no Campus da USP não terminou. No próximo sábado tem mais.  Das 8 da manhã até a uma da tarde, elas vão ver como trabalham as pesquisadoras de ciências naturais, biologia, nanotecnologia, computação e oceanografia.

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