Governo japonês apresenta no Brasil sistema de alerta de desastre
O governo japonês apresentou, na tarde de hoje (6), um sistema de alerta para a população em casos de desastre. A apresentação foi feita pelo diretor de sistemas de engenharia da NHK, Yasuji Sakaguchi, no auditório da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A NHK é a televisão pública do Japão. O sistema apresentado emite um alarme, que é disparado nas televisões, alertando as pessoas sobre algum desastre iminente ou já em curso.
“Este sistema trabalha com sistema de radiodifusão, que tem uma cobertura ampla e confiável. Então você pode mandar mensagens de emergência de maneira muito simples e eficiente. Mesmo no momento do desaste a informação pode ser entregue para as pessoas de forma segura e confiável”, disse Sakaguchi.
De acordo com Sakaguchi, o sistema utiliza o sinal de TV digital e pode ser instalado também em locais de grande concentração de pessoas, como no metrô ou em shoppings. O Japão, que sofre constantemente com terremotos de diferentes escalas, usou o sistema por muito tempo. Agora, utiliza um sistema mais avançado, de alerta por rede de telefonia celular.
“O sistema de radiodifusão não é mais tão popular no Japão, mas muitos países da América Latina usam o padrão japonês por televisão digital”, disse o diretor da estatal japonesa. Segundo ele, 14 países da América Latina usam o sistema de alerta em massa.
Sakaguchi fez a demonstração para o presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, e para diretores da empresa. Na próxima semana, a expectativa é mostrar o sistema para representantes do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A ideia do governo japonês é oferecer o sistema para o Brasil.
O sistema pode ser usado em desastres como incêndios e alagamentos, mas também é eficiente para tragédias maiores, como acidentes em usinas nucleares e rompimento de barragens. “Nesses casos, como rompimento de barragem, como ocorreu em Brumadinho e Mariana, onde as pessoas precisam ser alarmadas, é possível usar a TV digital para disparar esse tipo de alarme”, disse Heitor de Castro, da Diretoria de Operações, Engenharia e Tecnologia da EBC.
Edição: Fábio Massa