Bumba Meu Boi do Maranhão se torna Patrimônio Cultural da Humanidade
O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão foi consagrado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em reunião realizada em Bogotá, na Colômbia, nesta quarta-feira (11). A celebração foi reconhecida por unanimidade, e com louvor, pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
“O Bumba Meu Boi maranhense constitui um complexo cultural que compreende uma variedade de estilos, multiplicidade de grupos e, principalmente, porque estabelece uma relação intrínseca entre a fé, a festa e a arte, fundamentada na devoção aos santos juninos, nas crenças em divindades de cultos de matriz africana e na cosmogonia e lendas da região”, diz nota da Unesco.
Manifestação Bumba Meu Boi é consagrada Patrimônio Cultural da Humanidade – Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Hermano Queiroz, é uma das manifestações mais importantes do país e agora também de toda a humanidade. Em 2011, o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão recebeu o reconhecimento nacional e, um ano depois, foi solicitada a inscrição na lista representativa da Unesco.
“Essa diversidade está organizada em dez polos turísticos, cada um com suas vertentes naturais, culturais e arquitetônicos. E o bumba meu boi retrata toda essa diversidade, pois congrega diversos bens associados em uma única manifestação: performances musicais e teatrais, design e artesanato. É um bem que sintetiza toda a riqueza cultural que o nosso país possui”, disse o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
A entrada na lista da Unesco fortalece as ações já desenvolvidas pela comunidade e busca promover mais ações de educação patrimonial, realizar nova documentação, além de ampliar pesquisas e a valorização do bem cultural.
O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi é o sexto bem brasileiro a integrar a lista internacional junto com a Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi (2003), o Samba de Roda no Recôncavo Baiano (2005), o Frevo: expressão artística do carnaval de Recife (2012), o Círio de Nossa Senhora de Nazaré (2013) e Roda de Capoeira (2014).
Edição: Fernando Fraga