Rede é formada para pesquisa sobre o novo coronavírus
Uma rede de pesquisa estadual, com a participação de hospitais, universidades e laboratórios públicos e privados está sendo formada para o avanço da pesquisa e de protocolos para o tratamento e para a prevenção do novo coronavírus. O anúncio foi feito hoje (3) pelos representantes do Centro de Contingência de Coronavírus do Governo do Estado de São Paulo em entrevista à imprensa.
Haverá um grupo voltado para pesquisa multicêntrica estadual, nacional e internacional, para intermediação do avanço em ciência, pesquisa de novos medicamentos e de vacina. Outro grupo será para comunicação e um terceiro direcionado a protocolos assistenciais e científicos. “Quem pesquisa melhora a assistência e a ciência. Estamos procurando nos antecipar ao caminho do vírus”, defendeu coordenador do centro, David Uip.
Durante a coletiva, o responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, o biomédico Claudio Tavares Sacchi, comentou a diferença entre o sequenciamento viral dos dois pacientes brasileiros diagnosticados com Covid-19.
“O vírus mais parecido com o primeiro caso no Brasil, é um vírus da Alemanha, embora tenha vindo da Itália. Com isso você consegue tirar pistas do caminho que ele está traçando, de forma que a gente possa fazer os esforços para contenção. E essas informações, mesmo que tenham discreta divergência entre os dois casos, facilitam no desenvolvimento de vacinas”.
O trabalho foi realizado por um grupo coordenado pelo cientista no Adolfo lutz e foi compartilhado em uma base de dados que está disponível em todos os locais que estão fazendo o sequenciamento. Segundo o cientista, são mais de 150 vírus sequenciados no mundo.
“O coronavírus é estável e ficará, provavelmente com o mesmo comportamento que teve na China em qualquer lugar por onde for”, completou o pesquisador.
No Brasil, foram confirmados dois casos de Covid-19. O Ministério da Saúde monitora 488 suspeitas de infecção pela doença.